CATEQUESE 1 - A VENERAÇÃO À SANTA CRUZ, COM O CRISTO CRUCIFICADO



Muitas vezes nós, católicos, somos chamados de idólatras, devido às imagens sacras na Igreja, e de adoradores de um deus morto, por causa da exposição dos Crucifixos em nossos templos e até em nossos lares.
Em primeiro lugar, o católico não adora a Santa Cruz; nós dizemos que a veneremos, o que são coisas distintas.
Em segundo lugar, a prática da veneração à Cruz de Cristo a Igreja Católica tirou da própria Sagrada Escritura. Lemos na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 1, versículos 17-25: “De fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para anunciar o Evangelho, sem recorrer à sabedoria da linguagem, a fim de que não se torne inútil a cruz de Cristo. Pois a linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem. Mas, para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus. Pois a Escritura diz: «Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes.» Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o argumentador deste mundo? Por acaso, Deus não tornou louca a sabedoria deste mundo? De fato, quando Deus mostrou a sua sabedoria, o mundo não reconheceu a Deus através da sabedoria. Por isso através da loucura que pregamos, Deus quis salvar os que acreditam. Os judeus pedem sinais e os gregos procuram a sabedoria; nós, porém, anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos. Mas, para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, ele é o Messias, poder de Deus e sabedoria de Deus. A loucura de Deus é mais sábia do que os homens e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”.
Na mesma Carta aos Gálatas, capítulo 6, versículo 14, Paulo afirma: “Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo.”
Na Carta aos Efésios, capítulo 2, versículos 14-16, Paulo escreve: “Cristo é a nossa paz. De dois povos, ele fez um só. Na sua carne derrubou o muro da separação: o ódio. Aboliu a Lei dos mandamentos e preceitos. Ele quis, a partir do judeu e do pagão, criar em si mesmo um homem novo, estabelecendo a paz. Quis reconciliá-los com Deus num só corpo, por meio da cruz; foi nela que Cristo matou o ódio”.
Os que lêem a Bíblia e mesmo assim nos criticam, não conseguem aprender ao menos isso sobre a cruz de Cristo: que de maldição, ela se tornou bênção e sinal de salvação! O nosso Senhor é e sempre será Jesus Cristo, que deu a vida para nos salvar. Ele morreu, ressuscitou, ascendeu aos céus e junto com o Pai enviou-nos o Espírito Santo. Jesus Cristo está vivo! Eis a razão de nossa fé.
O grande apóstolo Paulo, quando no início de sua evangelização anunciou Cristo ressuscitado, sem mencionar a Cruz, fracassou. Sua pregação só se tornou eficaz quando anunciou a vida, a morte e a ressurreição do Senhor. Por isso, com Paulo, anunciamos o Cristo crucificado e veneramos o Santo Crucifixo, pois é impossível anunciar Jesus sem sua Cruz, anunciar a salvação sem a maior prova de seu amor por nós.


Pe. Nelson Ricardo Cândido dos Santos
Tinguá, 09 de agosto de 2010

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